A pandemia da Covid-19 colocou em evidência a vulnerabilidade das cadeias globais frente às interrupções inesperadas (CHAMBERS, 2020). Os primeiros artigos desta série demonstraram que a dependência de grandes setores industriais em relação à China incluindo os essenciais para a produção de materiais médicos e o rápido contágio pelo vírus resultaram em uma série de dificuldades logísticas envolvendo a disrupção dos meios de transporte, as restrições de isolamento social e problemas de abastecimento (CHENG, 2020). Sendo assim, não apenas empresas, mas sistemas de saúdes inteiros foram obrigados a se reinventar para lidar com os desafios impostos por este novo cenário mundial.

Diante dos impactos significativos sobre a demanda, a mão-de-obra e os prazos de entrega, questões sobre as cadeias globais e os riscos inerentes à sua estrutura passaram a ser levantadas. Ao passo em que muitas cadeias de suprimento expandiram suas operações a níveis globais em busca de ganhos de eficiência e economias de escala, essas passaram a adotar metodologias que as deixassem mais especializadas e enxutas, tais como o just-in-time (DOHERTY; BOTWRIGHT, 2020). Por outro lado, a necessidade de colaboração entre os participantes e a exposição a todo tipo de evento disruptivo, seja ele causado pela natureza ou pelo homem, também aumentaram.

Os riscos que ameaçam o desempenho logístico dos parceiros devem ser conhecidos e avaliados pelos tomadores de decisões a fim de evitar a ruptura das cadeias de suprimentos (BLOOMBERG, 2020). Entretanto, muitas empresas foram pegas de surpresa e estão aprendendo essa lição da forma mais dolorosa. A crise causada pelo coronavírus pode ser uma oportunidade de inserir mudanças fundamentais nessa estrutura e prepará-la para choques futuros, mas será que essa pandemia deve ser encarada como um evento particular ou rupturas dessa gravidade já aconteceram anteriormente?

1. Outros Eventos que Abalaram as Cadeias Globais

Disrupções da cadeia de suprimentos podem ser definidas como quebras de grande porte em elos de produção ou na distribuição encontrada dentro desses sistemas (YE; ABE, 2012). Considerando que as cadeias globais podem ser caracterizadas pelo seu alto nível de complexidade e interação entre fornecedores, fabricantes, distribuidores e operadores logísticos, esses eventos resultam em danos generalizados para as empresas envolvidas e requerem uma grande quantidade de tempo para sua recuperação (ABDELLAOUI; PACHE, 2019). Nessa perspectiva, pandemias e desastres naturais são apenas alguns exemplos de disrupções dentre muitos outros. A tabela abaixo descreve os impactos de outros eventos de grande magnitude no desempenho logístico da cadeia de suprimentos.

2. Pontos de Convergência

É indiscutível que qualquer evento disruptivo, independente de sua origem ou magnitude, gera uma série de turbulências nas cadeias de suprimentos que o cerca. Porém, cada disrupção traz consigo oportunidades de aprendizado. Com base na tabela acima, pode-se tirar lições e traçar paralelos para o contexto atual da Covid-19.

O ponto mais evidente que todos os eventos disruptivos afetam é a economia regional em que este está inserido. Na tabela de impactos pode-se observar que os reflexos econômicos dos eventos chegam rapidamente a casa do bilhões isso se dá pelo tamanho da relevância das cadeias na economia das nações. Segundo Furlan e Carraro (2015), fundamentações econômicas lógicas das cadeias de suprimento são reduzir cargas tributárias da empresa, avançar na tecnologia, melhorar a sustentabilidade e reduzir incertezas do mercado, criando assim um eixo imprescindível para o sustento da economia. Uma disrupção traz a tona a necessidade de um bom gerenciamento de toda a cadeia a fim de obter a minimização dos impactos.

Por exemplo, empresas que sofreram com o terremoto no Japão de 2011 já estavam alertas da importância do mapeamento de seus fornecedores. Ao falar de empresas globais, não apenas o conhecimento detido por parte dos executivos, mas a coleta efetiva de dados sobre o estado de cada fornecedor, principalmente de fornecedores mais distantes foi essencial para seu preparo. No contexto da Covid-19, saber a localização desses parceiros é um diferencial, pois, em casos de imprevistos, possibilita saber quais localizações entraram em lockdown ou que estão com restrições de funcionamento e irão impactar a produção (CHOI; ROGERS; VAKIL, 2020).

Outro ponto que se mostrou comum nas disrupções foi a limitação da locomoção por causa dos eventos. Desde acidentes nucleares como o de Chernobyl até pandemias como a da SARS, a queda na locomoção pessoal nas regiões mostrou-se evidente, afetando o comércio presencial e o turismo. Os eventos aqui citados reduziram economias locais em aproximadamente U$ 48 milhões, sendo que empresas de hospitalidade; incluindo hotéis, fornecedores e restaurantes; estavam entre mais impactadas, pois era esperado uma média de 200.000 visitantes aos locais atingidos. Todas esses rompimentos causados por ocorrências antes inesperadas mostra a necessidade de se repensar possíveis tribulações futuras.

3. Eventos que Devem Ser Repensados para o Futuro

No tópico anterior foram apresentados alguns desastres marcados na história, mas resta saber que tipo de evento espera-se do futuro. Não há como prever com certeza, mas é possível analisar as tendências mundiais e os caminhos que estão sendo trilhados pelas estratégias empresariais, a fim de ao menos preparar-se, de alguma maneira, para o que virá nos próximos anos. 

Os desastres ambientais, que há muito tempo já repercutem em diversos países, não deixam de ainda ameaçar organizações. Devido à isso, entende-se que deve haver uma mudança comportamental das empresas e indivíduos para tentar minimizá-los. O DHL Resilience360, plataforma de gestão de risco em cadeias de suprimento, lançou, em 2019, um relatório anual de riscos, contendo as perspectivas para o ano, que consta a aposta para ampliação de medidas antipoluição, principalmente em consideração às indústrias na Ásia. Além disso, a diretora de inteligência de risco da plataforma afirma que alguns dos principais episódios que impactam negativamente as cadeias de suprimentos modernas são atrasos de transporte, casos de roubo, desastres naturais, mau tempo, ataques cibernéticos e problemas de qualidade inesperados (GUIA MARÍTIMO, 2019). 

Como exemplo de disrupções atuais que não geram estranheza de se repetirem temos os incêndios na Austrália de 2020, anteriormente discutidos, e as queimadas da Amazônia de 2019. Ambos tiveram como causas iniciais as ações humanas aquecimento global e desmatamento, respectivamente (ELER, 2020; OLIVEIRA, 2019). Logo, as políticas ambientais e a mudança de comportamento no que tange esse aspecto devem ser incorporadas e incentivadas, a fim de frear ou, no mínimo, minimizar novas tragédias sob essas circunstâncias. 

Um segundo tipo de acontecimento a ser considerado para o futuro são os ataques terroristas. Apesar de não estar amplamente presente e ser discutido na realidade brasileira, este tipo de evento assombra cadeias inteiras ao redor do mundo e, por estar tão crescente nos últimos anos, empresas já estão adotando estratégias voltadas especialmente à gestão de risco deste tópico. Segundo estudos, grandes organizações que mantêm negócios com o governo são o principal alvo de ataques terroristas  investigações revelam que portos, ferrovias e outras instalações e redes de transporte são visados como pontos de ataque o que lhes daria visibilidade (seu principal objetivo) e causaria extensas disrupções, impactando o transporte, a produção e o abastecimento em cadeias de grande porte (DOBIE; GLISSON; GRANT, 2000). 

Ademais, outros conflitos geopolíticos a serem levados em consideração na gestão de risco são as guerras, juntamente com as crises políticas como o Brexit, saída do Reino Unido da União Europeia e as sanções econômicas, como as impostas pelos Estados Unidos ao Irã. Esse tipo de conflito acaba atrapalhando o comércio internacional e, consequentemente, as operações logísticas relacionadas (ABDELLAOUI; PACHE, 2019).

4. As Cadeias Globais Estão Preparadas para Outras Disrupções?

A pandemia da Covid-19 certamente não foi o primeiro evento a causar grandes impactos nas cadeias de suprimentos. Entretanto, a sua repercussão foi, de fato, sem precedentes, uma vez que todos os países do mundo foram atingidos quase que simultaneamente pela doença. Dessa forma, é válido indagar sobre a hipótese de mudanças fundamentais acontecerem nas estruturas das cadeias globais durante os próximos anos, bem como se essas cadeias estarão preparadas para novas disrupções.

Segundo Dahlhamer e Tierney (1998), as experiências anteriores com desastres ou colapsos na produção podem levar a uma maior preparação para futuras ocorrências e, portanto, aumentarem as possibilidades de recuperação das empresas. Isso se deve ao fato de que, ao vivenciar outras disrupções, os gestores podem tomar medidas de contingência e desenvolver planos de recuperação para seus negócios, além de estarem mais familiarizados com as vias de acesso a auxílios.

Por outro lado, pesquisas demonstram que, apesar dos impactos causados por desastres nas últimas décadas, como o terremoto no Japão, as enchentes na Tailândia e a erupção do vulcão na Islândia, muitas cadeias de suprimentos ainda se encontravam despreparadas para o coronavírus (CHOI; ROGERS; VAKIL, 2020). Ou seja, enquanto os riscos que rodeiam as empresas tendem a aumentar, muitas delas ainda se comportam como se as ocorrências de eventos disruptivos fossem isoladas, sem perceber que em um ambiente globalmente interconectado os seus impactos representam uma ameaça de longo alcance (MARCHESE, 2012).

Com efeito, é possível que ao fim da crise do coronavírus muitos negócios continuem a não entender a importância de preparar suas cadeias e identificar riscos. Mas haverão aqueles que conseguirão absorver as lições dessa adversidade, fazendo investimentos para mapear seus fornecedores e clientes e preparando-se para os próximos acontecimentos (CHOI; ROGERS; VAKIL, 2020). Isso significa que mudanças fundamentais nas cadeias de suprimentos e o modo como essas respondem às disrupções irão depender, essencialmente, da postura a ser tomada por seus gestores e seus esforços com gestão de riscos.

Autores: Giulia Wolff Bridi, Juliana Truffi Barci, Luis Eduardo Corrêa de Sousa Vieira, Pâmela Nicole Brecht e Yuri Marx

Revisão: Maya Lâinna Soares


O GELOG – Grupo de Estudos Logísticos é dedicado à formação de futuros profissionais especialistas em logística através da capacitação teórica e prática, como a escrita de artigos, a realização de treinamentos internos e externos e projetos e visitas técnicas junto à empresas parceiras. O Gelog está sediado há mais de 15 anos no Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e está sob orientação do professor Carlos Manoel Taboada Rodriguez, Ph.D.

REFERÊNCIAS

ABDELLAOUI, Mohamed El; PACHE, Gilles.’‘Effects of disruptive events within the supply chain on perceived logistics performance”, Economics Bulletin, Volume 39, Issue 1, pages 41-54, 2019. Disponível em: <http://www.accessecon.com/Pubs/EB/2019/Volume39/EB-19-V39-I1-P6.pdf>. Acesso em 04 de jul. 2020.

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