1. Contextualizando Pequenas e Médias Empresas

As pequenas e médias empresas (PMEs) desempenham um papel de grande importância na economia de países emergentes e mercados globalizados. De acordo com dados da consultoria Empresômetro, o Brasil conta, atualmente, com 20 milhões de empreendimentos, sendo 70% deles de pequeno porte o que representa cerca de 13,5 milhões de empresas (G1, 2019). As PMEs equivalem a 27% do PIB brasileiro, empregando 52% dos trabalhadores com carteira assinada (SEBRAE, 2014; TEIXEIRA, 2015). 

Essa relevância reflete-se no contexto mundial, uma vez que este tipo de empreendimento oferece grandes perspectivas na geração de empregos e distribuição de renda (KHERBACH; MOCAN, 2016). Segundo Naisbitt (1994), o cenário de abertura comercial propiciado pela globalização é o que permite essa ascendência de pequenas e médias empresas. Devido à sua dinamicidade e capacidade de inovação, muitos negócios de grande porte têm se fragmentado em pequenas unidades autônomas para garantir igual ou maior agilidade (KHERBACH; MOCAN, 2016; NAISBITT, 1994).

Ainda que o potencial competitivo dos pequenos empresários se mostre favorável no mercado global, o cenário interno em que estes se encontram revela dificuldades. Os recursos limitados fazem com que as PMEs dependam mesmo em condições “normais” de políticas de apoio para sobreviver e prosperar (BATISTA et al., 2012; KHERBACH; MOCAN, 2016). Entretanto, no Brasil, a insuficiência dessas políticas, a falta de planejamento e a deficiência na gestão empresarial são apontadas como as principais causas de falência dessas empresas, fazendo com que 60% delas fechem as portas antes de completar 5 anos (IBGE, 2019).

Nesta perspectiva, a ocorrência de eventos inesperados pode gerar danos irreparáveis aos donos de pequenos negócios. Para driblar essas barreiras, a logística apresenta-se como uma aliada indispensável para gerar valor para seus clientes e fornecedores, visto que uma mercadoria não tem valor algum para o consumidor a menos que esteja disponível no momento e no lugar certo (BALLOU, 2006). Através do gerenciamento logístico, que garante o fluxo eficiente de mercadorias e informações, as PMEs podem alavancar seu nível de serviço e garantir vantagens competitivas dentro de seu nicho do mercado, além de tornarem-se mais resilientes frente aos eventos disruptivos de diversas naturezas (CHRISTOPHER, 2002).

2. Como as PMEs são Afetadas por Eventos Disruptivos?

Nos últimos anos, a frequência de eventos disruptivos vem aumentando, sejam eventos de causas naturais, como desastres ambientais e epidemias, ou criados pelo homem, como conflitos armamentistas (BATTISTI; DEAKINS, 2012).  Seja qual for a origem da disrupção, todas elas têm grandes impactos no  mercado, incluindo o das PMEs. Esse é um ponto que merece atenção e cautela, pois são estes negócios que mais sofrem em tempos de crise (SAMANTHA, 2018). Isso se deve ao fato de que as empresas de pequeno porte têm recursos financeiros, humanos e tecnológicos limitados quando comparadas às grandes empresas, deixando-as com menos opções e, portanto, menos liberdade para lidar com o evento (KPMG; 2016).

 As PMEs também são as mais afetadas por terem forte dependência da comunidade ao seu redor. Sendo assim, em casos de eventos que danificam o ambiente onde a empresa atua, o impacto já é significativo pelo simples fato de a comunidade,  sua maior fonte de renda, também estar sofrendo danos (SAMANTHA, 2018). O Institute for Business and Home Safety indica que cerca de 40% dos negócios não abrem suas portas após desastres e quase 30% fecham em menos de dois anos.

Na literatura, vários autores apontam diversas justificativas para a maior vulnerabilidade dos pequenos empreendedores em momentos de crise: altas tributações e dificuldade de acesso a crédito; falta de conhecimento, planejamento e experiência (DALHLHAMER; TIERNEY, 1998; KPMG, 2016); estarem localizados em  lugares com mercado limitado e possuírem poucas medidas de gerenciamento de redução de riscos, como seguros, fornecedores, clientes diversificados e proteção social para seus funcionários (SAMANTHA, 2018). 

Os desafios que as PMEs enfrentam durante as crises possuem um efeito dominó sobre a cadeia de suprimentos, estendendo as dificuldades para além do período dos  eventos disruptivos (KPMG, 2016). Dessa forma, essas empresas necessitam de um plano de continuidade a longo prazo o que não é observado na maioria das firmas antecipando possíveis riscos e falhas e tomando medidas já estruturadas previamente, protegendo assim os interesses dos seus gestores e investidores (BATTISTI; DEAKINS, 2012).

Entretanto, as pequenas e médias empresas não são incapazes de lidar com momentos de crise e tão pouco são passivas nesses cenários, lidando de forma inteligente e proativa com os poucos recursos disponíveis. A comunicação ampla e direta com parceiros e clientes e a mobilização e engajamento dos investidores são as formas eficientes que os pequenos negócios encontram para buscar ajuda, deixando a sua fraca posição no mercado em segundo plano e até expandindo o seu público-alvo tradicional (HONG et. al, 2012). Por serem mais flexíveis também conseguem responder e adaptar suas operações rapidamente a mudanças extremas, proporcionando uma certa resiliência frente a desastres (BATTISTI; DEAKINS, 2012).

3. PMEs e o coronavírus

De comportamento similar às crises financeiras ou desastres naturais, a pandemia do novo coronavírus não demorou a evidenciar as fragilidades dos pequenos negócios. Com as medidas de distanciamento social e o pânico se espalhando entre a população, o efeito imediato foi a mudança no comportamento dos consumidores. Assim, pequenas e médias empresas fora do nicho de itens essenciais viram suas vendas reduzir radicalmente junto com a circulação de pessoas (VON DER BRELIE et. al, 2020). Como resultado, 89% dos negócios de médio e pequeno porte tiveram queda no seu faturamento e cerca de 600 mil micro e pequenas empresas fecharam suas portas (SEBRAE, 2020; CNN, 2020).    

Como citado anteriormente, o acesso ao crédito também tem se mostrado de grande dificuldade. No início de abril, um levantamento feito pela CNN com aproximadamente 6 mil empresas demonstrou que pelo menos 55% dos micro e pequenos empreendedores terão que pedir empréstimos para continuar funcionando sem demitir colaboradores. No entanto, o resultado não tem sido positivo nem rápido: dentre os empreendedores que já haviam entrado com um pedido de crédito na época do levantamento, muitos tiveram suas solicitações negadas ou ainda estão esperando uma resposta (CNN, 2020).

Para tentar estancar os efeitos da crise sobre as PMEs, o governo brasileiro anunciou medidas que vão desde empréstimos até a flexibilização de leis trabalhistas (ALVARENGA, 2020; NUBANK, 2020). Dentre as novas providências, estão linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as reservas empresariais e para o pagamento de funcionários; a disponibilização do auxílio emergencial para microempreendedores individuais (MEIs) e a suspensão de contratos de trabalhadores. Mesmo assim, a falta de informação ainda prevalece entre empreendedores, visto que 29% deles não estão cientes das linhas de crédito e 34% dos MEIs desconhece o auxílio emergencial (CNN, 2020).

Embora todas essas medidas sejam bem-vindas, é necessário que as mesmas sejam acessíveis por meio de um processo administrativo facilitado. A exigência de aplicações complexas para conseguir empréstimos e outras garantias pode ser um impedimento para as PMEs, que devem correr contra o tempo e se ajustar às novas condições  (VON DER BRELIE et. al, 2020). Por isso, muitas empresas recorreram ao e-commerce como forma de continuar funcionando, mesmo que seus canais online não estivessem totalmente preparados para essa nova demanda. Mais do que nunca, a logística passa a ser um fator de grande importância para as vendas na internet, garantindo eficiência através do contato constante com fornecedores, da armazenagem apropriada e da entrega rápida dos produtos.

4. Logística nas PMEs

Com a crescente importância dos pequenos negócios para a economia dos países, não se deve desprezar o fato da grande mortalidade destes, principalmente no início de suas operações. Assim, buscam-se fatores que auxiliem na sobrevivência das PMEs, como o uso prático da logística (RODRIGUES; COELHO, 2016). Kherbach e Mocan (2016) declaram que o uso de ferramentas logísticas e o gerenciamento da cadeia de suprimentos são as melhores formas de potencializar as atividades de uma empresa, e também de alavancar sua posição no mercado. 

Entretanto, as PMEs tendem a deixar a área de logística desassistida, tanto por falta de recursos quanto de profissionais capacitados, direcionando o foco apenas para as operações de vendas. Considerando que a administração dessas empresas tendem a ser desenvolvidas por seus proprietários, é comum que estes não consigam dedicar-se integralmente ao planejamento empresarial. Isso também engloba as atividades de gestão logística, uma vez que muitos pequenos empresários não têm amplo conhecimento da área e não percebem sua importância (RODRIGUES; COELHO, 2016).

Os pequenos negócios que gerenciam suas cadeias de suprimentos possuem vantagem competitiva no mercado e melhor performance organizacional. O sucesso das PMEs ao usufruir dos benefícios de gerenciar suas cadeias certamente induzirá cada vez mais outras a implementarem o mesmo gerenciamento para alavancar o nível de serviço. Dessa forma, a aplicação da logística tenderá a crescer nesse nicho mercadológico (KHERBACH; MOCAN, 2016), visto que seu bom desempenho reflete diretamente no desempenho organizacional, tornando as operações logísticas mais eficientes ao mesmo passo que reduz custos e atende às expectativas dos clientes (MANSIDÃO, 2017). Ademais, a logística é fator essencial para a adaptabilidade da organização, tornando-a mais flexível a variações externas, como eventos disruptivos.

Em contraponto, poucas pesquisas consideram a logística como uma ferramenta estratégica no contexto das pequenas e médias empresas (SZEGEDI, 2008), sendo que o modelo de implementação da logística nas PMEs se resume a uma versão menor da aplicação em uma grande empresa, sem passar por adaptações que satisfaçam as especificidades dos pequenos negócios (MANSIDÃO, 2017). 

5. Soluções Logísticas para PMEs

Levando em conta os aspectos logísticos apresentados sobre as pequenas e médias empresas e os impactos da Covid-19 neste setor, algumas soluções de apoio às PMEs que ganham força durante a pandemia podem ser consideradas para incrementar a sua competitividade no longo prazo. Como destacado no artigo anterior desta série, a colaboração é uma ferramenta essencial para a eficiência da cadeia de suprimentos e o aumento do nível de serviço das empresas envolvidas (COUNCIL OF SUPPLY CHAIN MANAGEMENT PROFESSIONALS, 2013). 

A alta flexibilidade e agilidade das PMEs permitem que estas adotem vantagens competitivas aprendidas em grandes empresas e formem redes de cooperação ou clusters com outros pequenos negócios (KHERBACH, 2005). Uma iniciativa interessante que está sendo utilizada por pequenos empresários é a de unir os empreendimentos do bairro, para que possam trocar experiências durante esse período. Por meio de grupos em redes sociais, como o Whatsapp, os empreendedores colaboram ajudando uns aos outros em suas áreas de especialidade. Por exemplo, o analista de tecnologia da informação pode ajudar com o sistema do minimercado. Assim o comércio do bairro consegue se manter fortalecido, para não só superar o momento de dificuldade, como sair do outro lado com mais conhecimento sobre seus negócios. 

A adesão ao e-commerce requer uma série de adaptações logísticas para que as vendas sejam feitas de forma eficiente: o estoque deve estar bem atualizado, os clientes devem ser informados de onde encontram-se seus produtos e as atividades de separação, embalagem e expedição exigem ainda mais atenção (MUNARO, 2019). Ao fazer o processo de gestão logística por conta própria, como é o caso de muitas pequenas empresas, os gestores e os funcionários perdem a oportunidade de focar em tarefas de planejamento, prospecção de clientes ou ainda de parcerias (MUNARO, 2019). Diante da pandemia, os Correios criaram um programa de logística de entrega voltado para pequenas empresas que tenham ou queiram abrir lojas virtuais. Assim, os empresários podem contratar o serviço de forma online e fazer suas entregas de forma simplificada, solicitando a coleta ou levando o produto até a agência mais próxima (AGÊNCIA BRASIL, 2020).

Nesta perspectiva, Ballou (2006) argumenta que a terceirização das atividades logísticas pode ser uma opção viável para agregar valor ao produto, uma vez que as empresas que contratam este serviço podem concentrar seus recursos e esforços na área produtiva, melhorando a qualidade de seu produto ou serviço e ganhando competitividade no mercado. Além do ganho de eficiência produtiva, também é possível reduzir custos e reaproveitar o espaço que antes era ocupado pelas atividades logística, na medida em que novos empregos podem ser criados na empresa terceirizada (IMHOFF; MORTARI, 2005). De qualquer maneira, a decisão entre fazer a gestão logística internamente ou procurar outros arranjos – como a terceirização e redes de cooperação – deve equilibrar dois fatores: o quão importante a logística se mostra para o sucesso da empresa e qual é a capacidade da empresa de fazer sua gestão logística de forma competente (BALLOU, 2006).

 Mas o que pode ser feito nesse momento? A fim de demonstrar a importância do gerenciamento logístico e tornar suas atividades mais eficientes, o GELOG separou algumas dicas ajudar pequenas empresas a lidar com os efeitos da Covid-19. 

  • Gestão de estoques

Os estoques são necessários para quase todos os tipos e tamanhos de empresas que trabalham com bens materiais, a fim de garantir um processo estável de produção e vendas e diminuir preocupações dos gestores. Por isso, ao fazer a gestão adequada de seus estoques, a empresa consegue economias de custos e otimizar os seus recursos. Este aspecto é ainda mais importante para o pequeno empresário que possui a maior parte de seu capital de giro imobilizado com estoques, ou seja, o seu dinheiro em caixa para pagar despesas fixas e pontuais fica investido em estoque (PAVELSKI, 2017). Tendo em vista que, no contexto da pandemia, possuir dinheiro em caixa é um privilégio, manter estoques adequados ao consumo se torna ainda mais importante.

Iniciativas de negócios onde o consumo é diário, como restaurantes e padarias, estão limitando sua quantidade de produção para acabar com o estoque de produtos prontos ao final do dia. A produção regular é limitada a uma quantidade mínima que o empresário tenha segurança de que vai acabar no dia e o resto pode ser produzido sob encomendas. Mesmo que essa alternativa apresente riscos de perder vendas não programadas, garante que matéria-prima não seja desperdiçada gerando custos desnecessários. Para esses casos, o planejamento da demanda deve ser diário e não pode ser estimado por previsões longas e aproximadas. O conhecimento da demanda real dos clientes pode ser atingido por uma aproximação com o cliente solicitando encomendas antecipadas por redes sociais, assinaturas recorrentes ou iniciativas de conversar com seus clientes frequentes para saber qual será o consumo deles naquele dia.

  • Transporte

Buscando uma solução para transporte, o pequeno empresário pode optar pela opção de delivery. Dentro desta categoria, pode escolher entre motoboys próprios ou os aplicativos de delivery: Rappi, Loggi, Ifood e Uber eats. Cada um deles oferece condições diferentes dependendo do tipo de negócio, sendo cobrança mais comum uma mensalidade somada a porcentagem sobre cada venda. Existe também a possibilidade de utilizar um motoboy próprio da empresa que vai representar um custo fixo mensal (SANTOS, 2019). A escolha pode ser baseada em colocar na ponta do lápis todas as opções e ver qual tem o menor custo para o negócio, sempre ressaltando o perigo de assumir custos fixos em momentos de instabilidade. A vantagem dos aplicativos são seus marketplaces que funcionam também como uma vitrine para o empreendimento, divulgando sua loja para o usuário do aplicativo.

  • Indicadores

Indicador de desempenho é uma ação de quantificação utilizada para avaliar; controlar; auxiliar no processo decisório estratégico; e melhorar processos em uma organização. São definidos de acordo com o objetivo da empresa, sendo um instrumento para alcançar o seu sucesso a longo prazo. Aplicados na logística, são os indicadores que fornecem respostas sobre o desempenho dos elos da cadeia de suprimentos, revelando quais atividades e processos precisam ser aprimorados. Os três objetivos principais para a avaliação do desempenho logístico são monitorar, controlar e direcionar as operações logísticas (BOWERSOX, CLOSS, 2001).

A mensuração do desempenho pode ser aplicada em qualquer área da logística, sendo geralmente empregada nos processos que envolvem o ciclo do pedido, disponibilidade de estoque, frequência e confiabilidade de entrega e pedido perfeito (CHRISTOPHER,2002). Essas medidas são um meio de auxiliar no processo de tomada de decisão sobre redução de custos (KEEBLER,1999), terceirização de atividades, e também para analisar se o sistema de estoques, armazenagem e transportes – e demais operações integradas – está estruturado da melhor forma possível (CHRISTOPHER, 2002). A mensuração das atividades logísticas é essencial para alavancar as operações da empresa e seu nível de serviço, consequentemente aumentando sua competitividade no mercado, ao mesmo passo que permite uma gestão logística sustentável e aperfeiçoa a organização como um todo.

  • Relação com fornecedores e vendedores 

A crise do Coronavírus deixa claro que o gerenciamento da cadeia de suprimentos é essencial para o funcionamento de todos os negócios. Especialistas ressaltam que a cadeia de fornecedores é umas das áreas mais críticas e afetadas pela pandemia (LACERDA,2020). Sem o devido conhecimento das operações de seus fornecedores, as empresas são suscetíveis a atrasos, interrupções da produção e maiores custos diante de eventos que rompem o fluxo da cadeia. Muitas pequenas e médias empresas dependem exclusivamente de terceiros para o gerenciamento da sua cadeia, sem saber de detalhes sobre seus fornecedores, onde estão localizados e quais fatores os influenciam. Nesse contexto, faz-se necessário um conhecimento amplo da cadeia de fornecedores, para assim antecipar possíveis rupturas na cadeia de suprimentos e já ter um planejamento prévio de negociação com seus fornecedores e, se necessário, buscar por novos (HOBBS,2020).

Por fim, direcionamos uma sugestão para a área acadêmica: com o aumento da frequência de eventos disruptivos, um maior número de estudos tem sido observado para entender os efeitos que esses eventos causam na sociedade e economia. Porém, são poucas as pesquisas direcionadas para as consequências nas pequenas e médias empresas. Os poucos estudos encontrados nessa área foram produzidos em regiões onde ocorreram eventos de causas naturais e devastadores, como terremotos e furacões, sem levar em conta os efeitos na cadeia de suprimentos que não está diretamente ligada à zona do desastre (BATTISTI; DEAKINS, 2012). Dessa forma, através de estudos especificados para os impactos de eventos disruptivos nos pequenos negócios, os gestores estarão habilitados para lidar frente a essas situações de forma sustentável e efetiva, minimizando os efeitos em suas empresas e sociedade.

Autores: Giulia Wolff Bridi, Juliana Truffi Barci, Luis Eduardo Corrêa de Sousa Vieira, Pâmela Nicole Brecht e Yuri Marx

Revisão: Maya Lâinna Soares


O GELOG – Grupo de Estudos Logísticos é dedicado à formação de futuros profissionais especialistas em logística através da capacitação teórica e prática, como a escrita de artigos, a realização de treinamentos internos e externos e projetos e visitas técnicas junto à empresas parceiras. O Gelog está sediado há mais de 15 anos no Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e está sob orientação do professor Carlos Manoel Taboada Rodriguez, Ph.D.

REFERÊNCIAS

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